Pessoas
surgem na nossa vida nos momentos mais inesperados. E uma pessoa fez isso.
Quando eu menos esperei, ela surgiu do nada, quebrou toda a minha armadura que
eu tinha demorado muito pra reconstruir. Fui me deixando sentir, me deixando
solta mesmo sabendo que seria questão de tempo até aquilo mudar. Foi uns três
meses, entre tantas conversas, tantas risadas, tantas ‘discussões' por ciúmes,
abraços, e um pequeno sentimento surgindo dentro de cada um, ele se foi.Como um
dia claro que de repente é recoberto por nuvens. Eu sabia que aquilo iria
acontecer. Mas acho que não me preparei. Sinto falta e acho que todo mundo vê ou
imagina que sinto isso. Do mesmo jeito que essa pessoa chegou de repente, foi
embora de repente também.E foi assim,é assim. Aí ele chegava, tão lindo. E ia
embora, tão feio. E ligava, tão bobo. E sumiu, tão especial. E eu morro, ainda
que não ligue a mínima. E eu to nem aí, ainda que pense o tempo todo em não
estar nem aí. Eu preciso desatar o nó. Eu preciso sentir menos, sonhar menos,
amar menos, sofrer menos ainda. Com o coração na mochila, o lápis borrado, o
sorriso e a dúvida, a coragem e o medo, mas vou… Não digo: “estou indo”, não
digo: “daqui a pouco”, nada tem hora a não ser agora. Existe aí algum remedinho
para não-sentir? Existe alguma terapia, acupuntura, pedras, cores e aromas para
me calar a alma e deixar mudo o pensamento? Quer saber? Existe. Existe e eu
preciso.Preciso parar de lembrar, e de sentir falta de algo que só eu sentia,
que só existia pra mim. Que era real apenas pra mim.Ele.Isso.Tudo.E sim, eu sei, já não faço parte da sua rotina, e
pode apostar, infelizmente não entrarei mais nela.
E
é assim, esse é meu ultimo texto pra você. Sabe que é pra você.